Proporção
Não adianta contar a ninguémO que nem o dia consegue entender,Não adianta buscar forças nos fracos,Nem gritar à fonte do grito gelado. Não adianta provar nada a alguém,Eles querem que tropeces no caminho,Eles têm a compaixão da maldadeE a pureza vinda do solo que está erodindo. Na voz que traz a figura ocultaQue oculta o que resta no papel,No que resta da mente inculta,E na culpa de uma lágrima fiel. No endereço e adereço das sombrasQue se vestem na forma de tristeza,Fazem a busca de corações vazios,Para que na alma goteje a frieza. Perceba que és parcela de algo maior,És parte da força que destrava as amarras,És a sétima chave que abre o labirintoE a moldura que embeleza a face da aura. Veja o retrato de quando nasceste,E as conquistas vindas ao tempo:Alguém estava presente em alguma,Então por que estás a provar algo a quemNão merece nem as cinzas do