Nesta obra, o autor teve o esforço de separar suas poesias nos três pilares (anteriormente citados) e não falar apenas de um assunto repetitivo e de forma sofística; não tenta impor ao leitor seu valor, mas busca, entretanto, que o mesmo reflita. A maioria avassaladora dos cidadãos brasileiros são conservadores (e cristãos), uma grande parcela não vê isso, e fica vulnerável à narrativa utópica.

Na área psicológica, o autor tenta colocar à mente de seu leitor uma mensagem positiva, analítica e capaz de superar tudo o que lhe for imposto pelos degraus íngremes dos problemas, da solidão, da voz que soa ao ouvido o “acalanto” de que a morte é a melhor saída, sendo que se fores parar pra pensar, se tiveres um psicológico equilibrado, a morte irá te dizer adeus e só chegará na hora que tiveres de partir.

No amor, a psicologia deve ser usada subconscientemente, a modo de deixar a Razão Acima da Emoção (tese criada e defendida pelo autor) para que a emoção não confunda e faça determinada pessoa sofrer, escamotear-se dentro da própria redoma por um amor não compreendido.

Sendo assim, existe o AMOR da maneira mais inocente e natural, podendo ser aplicado no Amor ao próximo, Amor da amizade, Amor aos pais, Amor à pátria… Amor que irá ser compartilhado com o (a) companheiro (a) que irá chegar na hora certa, por isso, existe amor de todas as formas, não é preciso se amordaçar, se destruir por uma ilusão, por uma paixão, por um fogo que irá se apagar na primeira chuva.

De maneira filosófica, o autor tenta explicar aquilo que está a sua volta, poeticamente, tenta passar em versos aquilo que já estudava e que estuda, e que por meio do estudo irá torná-lo um expoente da filosofia e de outros setores de conhecimento. O autor almeja incansavelmente, pelo seu autodidatismo, tornar-se um grande filósofo, escritor e poeta.

Dada aqui a fiel e imutável inspiração que nunca pode acabar: o jovem autor confia-lhes a árdua tarefa de compreender seus versos, suas proposições e sua vida transpassada num pedaço de papel.

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Capítulos

Proporção

Não adianta contar a ninguémO que nem o dia consegue entender,Não adianta buscar forças nos fracos,Nem gritar à fonte do grito gelado. Não adianta provar nada a alguém,Eles querem que tropeces no caminho,Eles têm a compaixão da maldadeE a pureza vinda do solo que está erodindo. Na voz que traz a figura ocultaQue oculta o que resta no papel,No que resta da mente inculta,E na culpa de uma lágrima fiel. No endereço e adereço das sombrasQue se vestem na forma de tristeza,Fazem a busca de corações vazios,Para que na alma goteje a frieza. Perceba que és parcela de algo maior,És parte da força que destrava as amarras,És a sétima chave que abre o labirintoE a moldura que embeleza a face da aura. Veja o retrato de quando nasceste,E as conquistas vindas ao tempo:Alguém estava presente em alguma,Então por que estás a provar algo a quemNão merece nem as cinzas do

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Quando

Quando algum dia eu fechar os olhos,Espero que possa ver o que ninguém consegue,Que possa falar o que ninguém nunca disse,Que possa mudar o que dizem que é impossível. Distopia entregue às carcaças do medo,A “luta” de nada serve do que separar todos,A real batalha um dia será vencida,Um dia será desmontada pelos próprios tolos. As catástrofes que cercam a prisão mentalNão mais se darão por vencidas,Entrarão na eternidade mais letal,Pagarão o que não deram à enfraquecida. O fogo queimará a esperança,As cartilagens da dor sobressairãoA quem teve a chance de dar a piedade,Mas resolveu entregar-se à venda da desatenção. Espero que quando ouvirem meu nome,Abram um sorriso e saibam que mudei algo,Mesmo que seja uma vida ou milhares,Até mesmo uma alma ou um pranto insensato. Itacoatiara-AM, 24 de agosto de 2018.

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Razão e proporção

Aerodinâmica em prata à noiteEstilhada em volta ao luar,Aponta o real no horizonteNa fumaça de um olhar. Tempestades na janelaDos moinhos no verãoQue destroem a vielaAfinada ao som do coração. Palmeira vivendo no desertoAo mar azul das areias,Nos nossos planos incertosVivenciados dentro de cadeias. Estamos aqui no redemoinhoAbaixo do ciclo viciosoEsperando a um assovioSem desvio sonoro harmonioso. Nossa canção é sempre indecisaE tão discreta como o sol,Com a razão sempre precisaEstaremos distantes num só. Nem precisa de explicação,Pois nem eu consigo entenderO que me submete à proporçãoDe em versos me esconder. Itacoatiara-AM, 17 de fevereiro de 2018.

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Realidade proposital

Aerodinâmica em prata à noiteEstilhada em volta ao luar,Aponta o real no horizonteNa fumaça de um olhar. Tempestades na janelaDos moinhos no verãoQue destroem a vielaAfinada ao som do coração. Palmeira vivendo no desertoAo mar azul das areias,Nos nossos planos incertosVivenciados dentro de cadeias. Estamos aqui no redemoinhoAbaixo do ciclo viciosoEsperando a um assovioSem desvio sonoro harmonioso. Nossa canção é sempre indecisaE tão discreta como o sol,Com a razão sempre precisaEstaremos distantes num só. Nem precisa de explicação,Pois nem eu consigo entenderO que me submete à proporçãoDe em versos me esconder. Itacoatiara-AM, 17 de fevereiro de 2018.

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Realidade proposital

Agente não sabemo escrever,Agente não sabemo nem votarE nem sequer sabemo lerQuem dirá sabê falar. Agente não sabemo trabalhar,Agente gostamo de esmolaE nem sequer gostamo de estudarQuem dirá ter boa escola. Agente não sabemo pesquisar,A gente só sabemo pela mídiaE nem sequer sabemo pensarQuem dirá desmascarar a mentira. Agente não sabemo nem amar,Agente só sabemo mentirE nem sequer sabemo gostarQuem dirá gostamo de atrair. Agente somo o lesado gado,Que idolatra Marx todo dia,Agente não sabemo de estadoMas queremo toda regalia. Agente nem pode sonhar,Agente só pode se prender.Nem sequer podemo ganharA vida sem algo perder. Nós podemos mudarOu simplesmente se destruir,Mas deveremos cantarE na melodia, poder sorrir. Nós podemos nos unirPara um propósito buscar,E finalmente reconstruirAs asas cortadas no luar. Itacoatiara-AM, 07 de janeiro de 2018.

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Reducionismo mental

A consciência é o escudo da mente,A inteligência é a obra do próprio ser,É a restituição da autocompetência,O enigma maciço de se compreender. A inconsciência cognitiva constantePreserva o reducionismo mental,A razão com argumentos rasos,A atribuição de um pensamento boçal. A longevidade da esdrúxula intuiçãoEsboça a erroneidade do faminto brilhoQue vê nas bordas do desconhecimentoA ressurreição de seu ludibrioso trilho. Da esbelta ternura das encostas moraisEsconde-se o tolo no seu descontentamento,Descontentamento irrisório e desonesto,Dependente da escassez de conhecimento. Serás honesto a si mesmo intelectualmenteSe disseres que sabes o que sabes,Que não sabes o que não sabes,Mas se mentires a teu próprio serReduzirás o que resta de autenticidade. Pedantemente perigosas estão as mentesCom cobiça e falta de humanidade,Preenchendo o estreito contentamentoE fazendo do saber uma mísera promiscuidade. Fortaleza-CE, 24 de novembro de 2018.

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Refúgio na solidão

Sinto-me um pássaroSobressaindo-se feito um condor,Transitando um tanto isoladoAo efeito dos passos em dor. Rabiscando a pétalaCom o mel das asas do destinoQue vivem no sacrifícioDe um desejo encontrado no tino. Sinto-me preto e brancoNo horizonte tão florido,Como se o alvorecerNa brisa, tocasse o infinito. Nestes passos tão lentosA vida ultrapassa o limite,Em montanhas, desertos, relentos,Avisto na mente o que não existe. Sentimentos violentosTransportam sonhos impossíveisNo colibri da alma em prantos,Cheia de vazios invisíveis. Sinto-me onde estou,Isolado no obscuro da menteTão cansada, correndo no ar,Em direção à luz contente. Itacoatiara-AM, 04 de junho de 2018.

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República

Caminhando no golpe,Em 89 a desuniãoExauriu a pátriaRestando-nos a contramão. Nascendo por mentiras,Briga de dois homensPor uma cortesã…Desgraça! Oh, que ira! Minh’alma está afã.Oligarcas, populistas,Comunistas e maldiçãoExigiram a liberdadeEm troca de migalhas em vão. Nem sabemos da verdade,Tampouco nossa história…Idolatrai aos covardes,Porque eles têm boa retórica. Pedro I-II, Bonifácio,Machado, Nabuco, CarlosGomes, João VI, Isabel…Obrigado, abolicionistas!Obrigado, Império!Certa vez, eu sonhara,E me perguntava: Por que estamos assim?Dos céus, a resposta:Esqueças os problemas,Procure melhorias e lute até o fim. Não vos enganeis, companheiros,Ainda pode piorar…Não feneça o conhecimentoE nem o faça definhar. República,Digo-te na prece solene:Devolva-me a cultura,A grandeza da desenvoltura…O caminhar perene. Para celebrar o passadoSem esquecer o presente,Transcrever o futuroE conservar a mente. Na armadilha positivistaJamais cairei!Ao conservador:Cruzada mais uma vez! Itacoatiara-AM, 14 de abril de 2018.

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Resiliência

Se eu mostrasse tudo o que sintoAs palavras borrariam o papel,De tanto sentir o que gosto já nem minto;Se eu pudesse mostrar como é… Se aquilo que faz sentido sumisseComo o sol em poucos segundosNão restariam flores sem espinhos,Não restariam palavras sem insultos. Se um dia eu chorarA gota salgada da agonia,Não se esqueça de enxugarNo chão o que restou da poesia. Junte os cacos do espelhoE deixe refletir a cicatriz,Olhe as sombras das angústiasNão se cruzarem por um triz. Não se esqueça de mimQuando o poço ficar rasoE as paredes deixarem sem saídaO que luzia no obscuro escasso. Um dia conquistarei a tua vontade,Derramarei em teus olhos meu mundo,Descobrirás como o fim está distante,Como a luz distante findada está em tudo. Diante das confissões mentaisFaçamos à psicologia a loucura do ser,Loucura do poeta sem limitesÀ contagem regressiva de se autodescrever. Quero mostrar-te como se autocurar,Mostrar que nem tudo é

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Sabedoria

Eu quero sentir a amarguraPara saber quão doce são os momentosQue sempre passam em ciclos lentos,Porém sempre vistos tarde demais. Eu quero ver o que nunca vi,Tocar as lágrimas da chuvaE delas, sentir o que nunca senti,Desvendar idas de muitas curvas. Como num tsunami enlouquecido,Num vento insatisfeito ao dia,Quero lidar com o suor entristecido,Com o soar tão pesado e leve da melodia. E quando menos esperar,Quero que os raios se partamE no momento de escuridão,Todos vejam a importância da luz. Quero ver o tempo passarE da vida, passar o que aprendi,Sem medo de tanto sonhar,Porque foi assim que consegui. Devo saber que nada é fácil,Mas realmente espero que não seja,Porque o gosto de lutar sem esforçoÉ como não desejar o que se deseja. Itacoatiara-AM, 26 de agosto de 2018.

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