Carta à dúvida
O amor não acaba,O amor é eterno,Intrinsecamente ligado à metafísica,Logicamente equiparado ao deserto. O amor parece vazio,Mas quando sentido completa tudo;As lacunas do ego, do espírito,Dá voz ao sentimento mudo. É o enigma que quem descobreSuporta as rochas sobre as costas,Os raios destroçando a mente,As perfurações da vida e seus emblemas;Planta à dor uma singela semente. Quem descobre sente o aperto no peitoAo sentir que está perdendo quem ama;Quem descobre sabe que existe um criadorE à sua criou este ardor, que inflama,Para regenerar o ser mais perdidoE do fel brotar a doçura desta chama. Intrinsecamente ligado à razão,Amadurece os sentidos ímpios,Colabora à derrocada das dúvidas…Quem o tem conquista o mundo,Quem o tem é dono de si mesmo;Dá aos outros o reflexo seu límpido fragor. O amor não apaga suas raízes,Esbarra e gruda nas profundezas do coração.O amor não acabará com o deslize das montanhas,Tampouco com a mais profunda solidão. Itacoatiara-AM,