Quando iniciei minha vida de escritor em 2017, com apenas 14 anos, tinha em mente um objetivo: o
de lançar muitos livros, mas sem ganância alguma, sem nenhuma pretensão ou pedantismo; apenas
lançar para mostrar meu possível talento, mostrar meus versos a quem possivelmente pudesse estar
precisando.

Minha primeira poesia foi intitulada SAUDADE, sendo esta:

SAUDADE

A saudade é uma maré
Que transpira a ilusão
E que reluz a luz dos teus olhos
Que traduz a solidão.

Por meio da ventania
Paralisa a mente.
Minha flor está tão longe
E me deixa descontente.

Amanhã no pôr do sol
Junto à saudade estarei,
Afogando-me nos teus lábios
Enaltecendo o mal querer.

Uma bolha se formou
E aguçou o tal sentimento
Que ao avistar-te na mente,
Houveram-se tempestades de tormentos.

Minha majestosa Monalisa,
Com aquele seu olhar intrigante.
Volte correndo nas águas solitárias
E assim, volte a ser a minha amante.

(MARINHO, Abraão- O obscuro da mente de um
poeta; p. 133)

Esta poesia representa o pontapé inicial de minha entrada no universo infinito, no universo onde tudo é exposto por meio da beleza que só a poesia pode passar, uma transcendência emocional, uma transcendência que só quem vê, consegue chorar.

Este é o meu segundo livro, e nele busquei expor todo o meu ponto de vista diante da decadência do
ocidente, diante da hegemonia vermelha, em outras palavras, diante do marxismo cultural. Tudo ficou
claro como água de rocha, que no decorrer dos versos sempre critiquei isto, fico bastante triste quando percebo que a tradição está sendo vilipendiada, que algo que é absurdo está sendo visto como o sinônimo da normalidade.

Neste exato momento em que escrevo aqui, a felicidade transborda o semblante (a resposta está na pág.76). Eu, como cidadão brasileiro posso me orgulhar de não ter contribuído com a involução, de não ter contribuído com a perpetuação de uma quadrilha no poder, algo que qualquer um pode entender.

Muitas pessoas podem reclamar que falo muito sobre política, por pura ignorância, visto que tudo está atrelado a ela. Fico indignado quando me deparo com isto, e ainda mais quando a pessoa diz se engajar no combate à desigualdade social, mas o que tem na verdade é uma birra com os ricos, é ridículo colocar a culpa da pobreza no capitalismo, é ridículo achar que o socialismo funcione (mesmo com tantas provas que digam o contrário), mas tudo bem, na democracia é assim mesmo, opiniões divergente; ainda tenho que aturar os detentores da justiça social me taxarem de taxista…

Sim, este livro foi pautado até 70% em política, isso quando não a tinha de maneira indireta. Mas por que estou tecendo estes comentários? TODOS estão de acordo com o que foi abordado na maioria das poesias do livro, se todos os escritores de esquerda podem, eu também posso, sem hipocrisia, a diferença na maioria dos casos, é que vou descrever os problemas sociais na REALIDADE, sem utopia, e sem por a culpa em terceiros pela culpa individual.

O problema mais evidente no Brasil (pelo menos até há pouco tempo) é o conformismo com o fracasso, é a dependência ao estado, tendo-o como papai e mamãe; inúmeros direitos e milhões de desempregados, um sufoco a quem queria empreender e gerar riquezas.

Na verdade, o que muitos querem é massa de manobra, ou seja, querem que aquele sujeito pobre que mora na favela e anda em um ônibus lotado com péssimas condições, continue assim pela vida toda, sendo que se esse sujeito acordar desse pesadelo e lutar para que tudo dê certo, assim será, todos somos capazes, não é o estado ou um político que devem escolher o futuro das pessoas, as pessoas não vão enriquecer se não tiverem o pensamento empreendedor, mesmo que de maneira indireta; as pessoas não vão crescer com uma ideologia/cultura que não deu certo em lugar nenhum, que tem como principal cerne a inveja, o fracasso e a ignorância.

Tudo isto está muito claro, e é ainda mais evidente na poesia Capitalismo para eles, socialismo para o povo (Pág.46), com o passar do tempo, com os estudos, vou me aperfeiçoando ainda mais, você que é de direita certamente já deve ter notado que quanto mais estuda, mais sente nojo de revoluções, mais perde e deixa de ganhar “amigos”, você passa a ser visto com outros olhos pelas pessoas ao seu redor, principalmente se estiver no ensino médio, principalmente se quiseres debater diversos desses assuntos em sala de aula.

Entretanto, devo enfatizar que estou muito feliz com esse segundo livro (já planejando o terceiro), atualmente (no momento em que escrevo isto) estou no segundo ano do ensino médio na Escola Estadual Deputado Vital de Mendonça, e sinceramente, não sei quando este aqui será lançado, não há como saber.

Ao leitor, apenas agradeço pela sua leitura, nas partes românticas do livro podemos notar uma grande evolução (assim como em toda escrita), e realmente tento melhorar a cada dia, tento criar técnicas que deixem minha escrita mais atraente; não será uma missão fácil, Deus há de me ajudar em tudo, dos dias fáceis aos mais difíceis.

Abraão Marinho.

 
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