Eu quero sentir a amargura
Para saber quão doce são os momentos
Que sempre passam em ciclos lentos,
Porém sempre vistos tarde demais.
Eu quero ver o que nunca vi,
Tocar as lágrimas da chuva
E delas, sentir o que nunca senti,
Desvendar idas de muitas curvas.
Como num tsunami enlouquecido,
Num vento insatisfeito ao dia,
Quero lidar com o suor entristecido,
Com o soar tão pesado e leve da melodia.
E quando menos esperar,
Quero que os raios se partam
E no momento de escuridão,
Todos vejam a importância da luz.
Quero ver o tempo passar
E da vida, passar o que aprendi,
Sem medo de tanto sonhar,
Porque foi assim que consegui.
Devo saber que nada é fácil,
Mas realmente espero que não seja,
Porque o gosto de lutar sem esforço
É como não desejar o que se deseja.
Itacoatiara-AM, 26 de agosto de 2018.