Caminhando no golpe,
Em 89 a desunião
Exauriu a pátria
Restando-nos a contramão.
Nascendo por mentiras,
Briga de dois homens
Por uma cortesã…
Desgraça! Oh, que ira!
Minh’alma está afã.
Oligarcas, populistas,
Comunistas e maldição
Exigiram a liberdade
Em troca de migalhas em vão.
Nem sabemos da verdade,
Tampouco nossa história…
Idolatrai aos covardes,
Porque eles têm boa retórica.
Pedro I-II, Bonifácio,
Machado, Nabuco, Carlos
Gomes, João VI, Isabel…
Obrigado, abolicionistas!
Obrigado, Império!
Certa vez, eu sonhara,
E me perguntava:
Por que estamos assim?
Dos céus, a resposta:
Esqueças os problemas,
Procure melhorias e lute até o fim.
Não vos enganeis, companheiros,
Ainda pode piorar…
Não feneça o conhecimento
E nem o faça definhar.
República,
Digo-te na prece solene:
Devolva-me a cultura,
A grandeza da desenvoltura…
O caminhar perene.
Para celebrar o passado
Sem esquecer o presente,
Transcrever o futuro
E conservar a mente.
Na armadilha positivista
Jamais cairei!
Ao conservador:
Cruzada mais uma vez!
Itacoatiara-AM, 14 de abril de 2018.