Sinto-me um pássaro
Sobressaindo-se feito um condor,
Transitando um tanto isolado
Ao efeito dos passos em dor.

Rabiscando a pétala
Com o mel das asas do destino
Que vivem no sacrifício
De um desejo encontrado no tino.

Sinto-me preto e branco
No horizonte tão florido,
Como se o alvorecer
Na brisa, tocasse o infinito.

Nestes passos tão lentos
A vida ultrapassa o limite,
Em montanhas, desertos, relentos,
Avisto na mente o que não existe.

Sentimentos violentos
Transportam sonhos impossíveis
No colibri da alma em prantos,
Cheia de vazios invisíveis.

Sinto-me onde estou,
Isolado no obscuro da mente
Tão cansada, correndo no ar,
Em direção à luz contente.

Itacoatiara-AM, 04 de junho de 2018.

 
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