A consciência é o escudo da mente,
A inteligência é a obra do próprio ser,
É a restituição da autocompetência,
O enigma maciço de se compreender.
A inconsciência cognitiva constante
Preserva o reducionismo mental,
A razão com argumentos rasos,
A atribuição de um pensamento boçal.
A longevidade da esdrúxula intuição
Esboça a erroneidade do faminto brilho
Que vê nas bordas do desconhecimento
A ressurreição de seu ludibrioso trilho.
Da esbelta ternura das encostas morais
Esconde-se o tolo no seu descontentamento,
Descontentamento irrisório e desonesto,
Dependente da escassez de conhecimento.
Serás honesto a si mesmo intelectualmente
Se disseres que sabes o que sabes,
Que não sabes o que não sabes,
Mas se mentires a teu próprio ser
Reduzirás o que resta de autenticidade.
Pedantemente perigosas estão as mentes
Com cobiça e falta de humanidade,
Preenchendo o estreito contentamento
E fazendo do saber uma mísera promiscuidade.
Fortaleza-CE, 24 de novembro de 2018.