Aerodinâmica em prata à noite
Estilhada em volta ao luar,
Aponta o real no horizonte
Na fumaça de um olhar.

Tempestades na janela
Dos moinhos no verão
Que destroem a viela
Afinada ao som do coração.

Palmeira vivendo no deserto
Ao mar azul das areias,
Nos nossos planos incertos
Vivenciados dentro de cadeias.

Estamos aqui no redemoinho
Abaixo do ciclo vicioso
Esperando a um assovio
Sem desvio sonoro harmonioso.

Nossa canção é sempre indecisa
E tão discreta como o sol,
Com a razão sempre precisa
Estaremos distantes num só.

Nem precisa de explicação,
Pois nem eu consigo entender
O que me submete à proporção
De em versos me esconder.

Itacoatiara-AM, 17 de fevereiro de 2018.

 
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