Quando algum dia eu fechar os olhos,
Espero que possa ver o que ninguém consegue,
Que possa falar o que ninguém nunca disse,
Que possa mudar o que dizem que é impossível.
Distopia entregue às carcaças do medo,
A “luta” de nada serve do que separar todos,
A real batalha um dia será vencida,
Um dia será desmontada pelos próprios tolos.
As catástrofes que cercam a prisão mental
Não mais se darão por vencidas,
Entrarão na eternidade mais letal,
Pagarão o que não deram à enfraquecida.
O fogo queimará a esperança,
As cartilagens da dor sobressairão
A quem teve a chance de dar a piedade,
Mas resolveu entregar-se à venda da desatenção.
Espero que quando ouvirem meu nome,
Abram um sorriso e saibam que mudei algo,
Mesmo que seja uma vida ou milhares,
Até mesmo uma alma ou um pranto insensato.
Itacoatiara-AM, 24 de agosto de 2018.