Em frente ao subsolo de minh‘alma
Tem em uma placa enferrujada, escrito:
Enfrente as farsas que chamas de solidão;
Tem um degrau que leva às estrelas
E uma voz que reverbera esta convicção.
Assim que meus versos cantam o passado,
Há sim uma vida presente no horizonte,
Uma história de um ser que foi achado
Na ponta dos raios que destroçaram a ponte,
Ponte dos resquícios de vilipêndios outorgados.
Perfídias veem nas profundezas da lisura
O que um cego vê no sono do dia,
Assim está no labirinto desconhecido de si
Todo aquele que não ouve a agonia.
Aquele que não tem esta placa enferrujada,
Nem que seja de mentira ou imaginação,
Nunca irá saber se tem a sabedoria arraigada
Além de ecos da voz presa em ambição.
Itacoatiara-AM, 04 de fevereiro de 2019.