Andei meio estranho, amanhã…
Talvez seja imaturidade ou nada mais
Com os planos torcidos e furtados,
Eu digo: — A juventude aqui jaz.
Eu quero ver a vida como ela é,
Mas é difícil não se decepcionar;
Às vezes digo o que não sei
Por nem mesmo esperar.
Escrevo coisas sem sentido
Sem saber que é o que sinto
Em volta à revolta do desespero…
Negando à realidade, minto.
Minto sobre os sonhos
Negados aos raios do dia,
Incompreensíveis à razão
Herdada a quem sentia.
Ouço aquilo que me alegra
Para esquecer-me da estupidez
Ao deixar-me abalar à regra
De uma lei que rege à sensatez.
Lembrei-me de sorrir ao perceber
Que tudo o que quero estivera
Na superfície do pensamento
E que desejar era o que restara.
Logo, a felicidade irá chegar
Das férias tiradas na solidão.
Agora posso realmente acordar
E desfrutar da nova absorção.
Sem erros, miséria, com lugar
À divina luz tangente à floração.
Itacoatiara-AM, 17 de abril de 2018.