Eu sou as cores de uma cultura,
As dores que fingem os poetas,
A base da moral que flutua
Nos desertos que sonham
Em um dia, transcrever
Às ruínas, flores esbeltas.

Sou bem mais que uma conquista,
Que as longas esperas do destino.
Muito mais do que pensam,
Muito mais do que sabem
E do que simplesmente
Traz na manhã o peregrino.

Trago no peito a coragem
Dos guerreiros sem armaduras,
Trago à vida um motivo
De que muito vale a luta
Que transcende o universo
Da mais feroz conduta.

Minha história, todos sabem,
O sangue que derramei
Pouco vale ao covarde.
Já vivi e tanto contei
Em verso e prosa
A emoção convicta à verdade.

A tristeza assola-me a mente
Quando distorcem minha honra.
As raízes plantadas contentes
Desabrocham-se nas chamas
Das perversas escolhas inerentes
Àquilo que a mim, destrona.

As lágrimas afloram ao semblante,
As palavras vilipendiam-me com eufemismos
E entristecido, declamo ao meu Deus, enraivecido:
Por que há tantos enganos enfurecidos,
Tantas mentiras desesperadas
De quem deveria ser meu amigo?

Às vezes, as estrelas conversam
Entre si, sobre tudo que está por vir,
E discutem sobre tudo
Neste miserável e anafado mundo
Fadado ao terrível e cruel fim
Sem voltas ao porto mais seguro.

Sou as espadas dos cruzados,
As lembranças das navegações,
Sou a conquista das américas
E o calor da atração.
Sou as rimas dos poetas
Que buscam Deus no coração.

Itacoatiara-AM, 26 de maio de 2018.

 
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