Na certeza do amanhecer,
De quando a vida morre e vive,
De quando a vontade é firme,
De quando se está triste por
Nada mais que sobreviver.
Na certeza do amanhã,
De quando as estrelas desligam,
De quando os solos se irrigam,
De quando as rochas soltarem
O aroma que se tem na manhã.
Na certeza de ter-se incerteza,
Nas possibilidades impossíveis,
Nas montanhas de degraus íngremes,
De quando os desertos existiam
Simplesmente em frieza.
E se extinguisse-se a luz
E no escuro, as ideias viessem
Reluzindo a incerteza
E não pudéssemos enxergar
Nada mais que a tristeza?
E se fosse o contrário
E na luz encontrasses
O risco de prender-se
Nas correntes impiedosas
Dos sentimentos em medo?
Itacoatiara-AM, 18 de abril de 2018.