Dei-te a semente misteriosa,
Escondeste debaixo da cama,
Ao lado das sombras do medo,
Na bruma da eterna chama.

No meio desta noite ensolarada
Em meus braços encontra-se a metonímia
Das pétalas e esmeraldas da humanidade
Que se resumem em um suspiro ao olhar-te
No plano de minhas gotas, sensíveis e cáusticas.

A magistralidade do contorno de seus lábios
Solapa a vertiginosa polografia pérvia;
Vitupério ao magnetismo pervencido
Que dar-me-ara nos confins do infinito,
Nas hostes da volúpia incompreendida de razão.

Na ritmopeia dos rabiscos entreabertos
Ecoa o canto das hastes de instantes
Que confirmam aquilo que é fragmentado
Pelo teor vil e carcomido da miragem dilacerante.

Eis que da figura algoz e omissa
Ressurgem os pedaços desta empalidecida
E infeliz realidade irreal de fatos
Que nas conformações, almejam-te noite e dia.

Itacoatiara-AM, 30 de novembro de 2019.

 
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