Deixe a chuva passar
Para saberes se deves seguir,
A tempestade chega ao horizonte
E às vezes não quer mais sair.

Desde que vais pelas sombras
Desviando dos raios e pedras
Que chegam ao reflexo e afrontam
O que resta da fraqueza nas trevas.

Deixe o sol renascer,
Dê curtos passos nos degraus estreitos,
Deixe o canto dos pássaros
Guiar as cinzas do medo.

Deixe que a ansiedade se esconda
Debaixo das nuvens das rochas,
Deixe que a mudança disponha
O tempo certo sem o erro que desabrocha.

Deixe a maturidade nascer.
Se tiveres dúvidas de como guiar
Os cacos dos sentimentos perdidos
E as lágrimas presas no ar…

As desculpas pedidas no leito da morte,
As culpas tidas pelo afeto invisível,
A amarga estadia nos braços das lembranças
Far-te-á lembrar que não és o mesmo.

Itacoatiara-AM, 24 de janeiro de 2019.

 
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