Falemos, pois, de confiança.
O que tanto quero, não encontro,
Apenas resta-me esperança
E com você encontrar descanso.
Nunca me abri a ninguém,
Em mim tudo estava perdido.
De repente como em um soar de dor
Tinha sinceramente um abrigo.
Precisava de alguém para abraçar,
Para cuidar dos meus anseios,
Mas como o pobre devaneio
Poderia curar-me da desatenção?
Estava destruído por dentro,
Desamparado à vida, ao sorriso,
Estava apenas em um deserto.
E o choro? Mais que dolorido.
Minhas vestes interiores
Estavam buscando ilusão,
Apenas para aliviar os temores
E em alguém encontrar paixão.
De tão pequeno que era
A confiança em mim não era dada,
Nem mesmo essa pobre criança
Poderia ter amor, uma morada.
Portanto, confiança dei uma única vez
E o amor verdadeiro encontrei,
Consegui encontrar-me num segundo
E a dor entregou-se à solidão.
Nem sempre me abria a alguém,
Hoje em dia posso ser abençoado
Por Deus e pelo filho amado
Que me trouxe luz do além.
Itacoatiara-AM, 13 de agosto de 2018.