Na rotina cansativa
O cansaço se desfaz
No calor da poesia
Que me faz ficar em paz.

Avistando-te no horizonte
Fico sublime em desmanches
No fogo de um monte,
No gelo agonizante.

Acalentando-me às frias,
Traça guerras no ar
E faz das melodias
A pureza do olhar.

Ah! Se me inspirasse
Como inspira um poeta
Que, mesmo na solidão,
Não se cansa da moça esbelta.

Ah! Se me ensinasse,
Como ensina o vívido
Que mesmo nas dificuldades,
Ainda espera o sentir extinto.

Se soubesses do cansaço
Dia após dia, à noite…
Talvez não se cansasse mais
E viveria a vida a cada instante.

Itacoatiara-AM, 09 de fevereiro de 2018.

 
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