“Nada contra o Estado, nada além do estado,
O estado manda em tudo; para haver a revolução
Deve-se acabar com a família e povos e nações.
Devem perecer no holocausto revolucionário. ”
Estamos assistindo um teatro programado,
Um show de verdades distorcidas
Em benefício do exército vermelho,
Dos hipócritas que não têm outra saída.
Estou perdido, a história foi esquecida;
Tantas mortes em vão, tanto sangue
Sem nenhum motivo além da revolução
De algo impossível de se concretizar.
Tantos nomes, feitos e enganos,
Nenhuma explicação satisfatória,
Nenhum objetivo traçado em benefício,
Apenas à ganância da vontade ilusória.
Ouço batimentos das lágrimas,
Da injustiça de quem morreu dizendo
A realidade; da confiança quebrada,
Do silêncio tido diante da destruição.
Nossas palavras são veladas,
Nossos suspiros são insignificantes,
O que importa é viver de aparências
E se afundar em destroços distantes.
Tantas discussões e nenhuma conclusão,
Tanta disputa e nenhuma igualdade.
Temos o reflexo do espelho indigno,
Da divisão que traz a luta de classes.
Nenhum valor à inteligência,
Muita militância sem saber nada,
Se autochafurdando na ignorância
Em troca de mentiras afogadas.
Ataque mútuo à religião,
A riqueza é uma ofensa pessoal.
Talvez não se deva mais ter beleza,
Porque se tornará desigualdade social.
Itacoatiara-AM, 15 de agosto de 2018.