Nas camadas de minha alma aflita
Repousa um jovem cansado de viver.
Mistura de tristeza e fantasia,
Um sentir fadado a perecer.
Oh, agonia profunda que me invade,
Em lágrimas que escorrem sem penar.
Sinto-me perdido nesta encenação,
Onde a realidade não posso encontrar.
Cansado dos personagens que usamos,
Nesta dança de sorrisos falsos e vazios.
Em cada passo, um fingimento ensaiado,
Teatro perdido no doce delírio.
Planos desfeitos, esperanças perdidas
Num mar de desilusões que me afoga.
A fantasia, outrora entorpecida,
Agora é uma máscara que sufoca.
Oh, mundo cruel de ilusões desfeitas,
Leva-me para além desta vida tardia.
Liberta-me das correntes invisíveis
Que me prendem na eterna melancolia.