Assim, no dia nublado e frio,
Continha-se no desvario do semblante
Cansado do poeta, a palidez da manhã
Que nascia feito um diamante.

Aos olhos, um castelo erguia-se
Na neblina intensa do lago;
Impávido horizonte turvo
Do desterro inepto e amargo.

A valsa fúnebre dos pássaros
Invadia a mente enraizada
Nos conflitos internos de insônia,
No frenesi da flor que amordaça.

Assim, mais uma página inacabada
Dentre tantas que inexistem
Na selva escura, inanimada,
Subserviente à vertigem.

 
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