Que te fiz, leviana e bela?
Que palavras disse para tal sentimento?
Foram palavras ou projeções de tua mente
Tão fértil quanto o sopro do vento?

És assim, rodeada de confusões,
Uma esquizofrenia de possibilidades;
Nada te fiz além de ser sincero;
Talvez andes presa à irrealidade.

Na loucura de tua emoção,
Ando bem pouco no perigo
De teu ideal entregue ao delírio;
De tua insensatez, sentir aflito.

Vais, persigas tuas versões fantasiosas,
Afasta-te de mim enquanto há tempo;
Só não te afundes nas lágrimas
Do mais feroz arrependimento.

 
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