Vens a mim nos dias tristes,
Nas noites onde a tive
Em meus braços…
Vens, não resistas à vontade
De entregar-se aos carinhos,
Ao âmago de teus traços.
Na nódoa do passado,
Vejo-a despida nas nuvens
Das lembranças tardias.
A ausência dos teus olhos
Vaga pelas ferrugens
Da amarga melancolia.
E teu toque ainda me inunda,
Mesmo com a saudade
Da tua sensível maciez.
Tua voz ainda murmura
Pelo ápice do delírio
Silencioso das estrelas.
Ainda sinto teu cheiro
De rosa florida dos campos
Da mais tenra beleza.
Vens, aproxima-te dos sonhos,
Entrega-te ao pesar do que passou,
À sensação da mais brilhante lua.
Vens, cavalga sobre os campos,
E sobre as vestes da volúpia
E grite o que mais desejas:
Sou toda sua!