De tua face mais contraditória
Escondo-me nos dias de dor,
Ergo-me em teu instinto incolor
E me perco diante à memória.
Do que não existe no verso,
Esvazio-me em teus traços,
Perco-me novamente nos laços
Que se unem ao solitário universo.
Pois que não há mais frágil cor
Do que aquela que há no passo
De meu sentir mais disperso.
E então, na aurora da bela flor,
Disponho em meu peito lasso
A quimera de teu amor perverso.