Pelo pranto que me vem em vão,
Desfaço-me em palavras ilusórias,
Transpasso-me em vis histórias
Que me vêm na solidão.
Os delírios internos do mundo
Conectam-se à alma do nada
Que existe na estreita estrada
Deste invisível oceano profundo.
Nos olhos da amada paixão,
Enlaço-me aos seus na enseada
Como se fosse uma doce trajetória.
Mas como um brilho na imensidão,
Encontro-me invisível na morada
De tua face mais contraditória.