À noite, o quarto escuro e a neblina do frio
Navegam sobre meus ossos devastados.
Aflito, há uma subcamada no rio
Dos olhos que estão cansados.
Na sua escuridão, há uma nuvem
Que sobrevoa a abstrata tristeza
Do abismo estreito da fuligem
Dos meus olhos em frieza.
O sono recai sobre os ombros
Junto com o peso do mundo;
A noite me vem os sonhos
E o tom de voz mudo.
Mais uma gota da chama
Que congela o poeta sonhador,
Pois à noite o luar engana
Quem é mais sofredor.