Textos Escritos Quando Me Perdi Nos Teus Olhos

Textos Escritos Quando Me Perdi Nos Teus Olhos é a décima obra de Abraão Marinho e contém cartas, poemas e crônicas de suas vivências e observações pessoais.

Este livro foi feito para os seres apaixonados, mas que de alguma forma não deixam se levar apenas pelas emoções, e que tentam sempre manter a razão acima da emoção para que preservem sua estabilidade neural. Os textos em geral são mais curtos para que a leitura seja proveitosa.

É difícil não se identificar com algo, pois algumas situações descritas são corriqueiras no cotidiano.

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Capítulos

Milhões de mim

Há milhões de mim em lágrimas que não caem,E a cada esquina, há versões minhas que esqueço.Há uma sutil treva sobre as luzes que atraemOs caminhos enraizados do que desconheço. Às vezes, por pensar demais, perco-meNas inertes doses letais do que inventei.À noite, há retalhos meus nas nuvens,Há imagens suas nos estilhaços que juntei. No silêncio da noite fria de inverno,Há uma diminuta voz muda e triste,Uma singela sombra sobre a escuridãoA refletir sobre o sentir que inexiste… E nesse momento, há milhões de mimNo pranto da chuva, no luar incolor.

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Não existo

Você pode olhar para mim, ver uma pessoa comum com muitos sonhos e vontades, com muita estrada pela frente. Você pode tocar em minha pele e sentir o calor de minha devastação, bem como a energia de minha tristeza infinita. Você pode sentir minha presença, ouvir meu silêncio e refletir sobre as loucuras que digo em dias de ventania. Você pode sentir tempestades cada vez que achas que pareces comigo, e como vês conexão entre nossas almas… Você pode até mesmo sentir o gosto de um beijo perdido, a carícia nas zonas de perigo, bem como o fel de minhas palavras. Você pode, entretanto, achar que sou uma pessoa comum, mas eu simplesmente não existo. Porque para existir, você também deve.

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O que pensas?

Será que pensas em mim como penso em ti? Há horas que te esqueço, mas à noite, às vezes, parece que me invade o pensamento. Sinto uma energia tão densa quanto as larvas de um vulcão, sinto uma sincronia tão assustadora quanto os mistérios do oceano; sinto que, por mais que tente te esquecer, sempre existirá um resquício daquilo que nunca aconteceu de maneira real. De modo que essa tua presença furta minhas energias, furta as imaginações, destrói a racionalidade que lutei tanto para construir, mesmo que parte dela. Tento acreditar que isso não é real, que mantenho essa chama acesa, mas não. Às vezes é coincidência do destino algo que nos conecte um ao outro, mesmo que só eu perceba isso e me veja completamente envolvido numa mentira ilusória. Parti-me em dois para juntar-me em um só do que não existe em você. E nisso, em busca de encontrar

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Antes que o sonho acabe

Deixe-me olhar bem no fundo dos seus olhos, deixe-me tentar decifrar teus segredos como se fossem as maiores descobertas terrestres. Assim, de modo inconsciente, deixe-me sentir a maciez de tua pele sensível, o cântico da sua silenciosa voz, o gosto de teu doce beijo, que talvez só não esteja mais úmido que suas carnes sedentas por sensações inesquecíveis. Contudo, aja rápido antes que o sonho acabe…

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Tristeza no olhar

Há uma tristeza em seu olhar,Melancolia sem fim,Uma canção sempre a tocarSobre o vestígio de mim. Uma versão a apagarTudo o que há dentro de si,Há uma chama a suspirarE uma lágrima por vir. Mais uma noite sobre o véuDeste silêncio que há aqui,Eu já não sinto esse felSobre o luar que não esqueci. Há uma canção sempre a tocarCom a melodia da solidão,Tento então te encontrarMesmo em pensamento, mas em vão…

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Presença ausente

Eu deixarei que morra em mimEssa ilusão de preencher tua outra metade,Essa ilusão de tê-la no pensamento mais puro,Essa incoerência de vê-la no encanto que invade. Eu deixarei, mesmo que doa em meu coraçãoE que eu veja a passos largos tua distância,De ter a impressão que és única,De deixar a emoção criar esperança. Esperança de tê-la a mim, de unir nossas almasComo se fossem predestinadas na maternidade;De poder possuí-la como na primeira vezDe modo a nos conectarmos em lealdade. Eu deixarei que morra em mimO desejo de amar os teus doces olhos,O desejo tomado pela triste saudadeA invadir meus mistérios receosos. Deixarei que teus feitiços não me atinjam,Que a lembrança dos teus beijos não adoceMeus lábios um tanto amargos de solidãoEm busca de esquecer o gosto da paixão. Irás assim a outra dimensão onde não estarei,Tentará conectar-se a outro alguém,Mas não encontrará aquele poeta intenso,Com aquela chama quase que refém…

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Olhos castanhos

Moça dos olhos castanhos,Da pele de estanhoQue encanta o luar. Moça dos mistérios perdidosEm corações partidosDe tanto esperar. Moça um tanto dengosaEm teu cheiro de rosaQuero me inspirar. Moça um tanto tristeNão sei o que existeDentro de teu pensar. Moça, como te queroE em sonhos esperoTe encontrar.

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Ao fim do inverno

Dores silenciosas demais para serem ouvidas,Gritos internos que atormentam a alma,Lembranças que não podem ser esquecidas,Saudade do luar sereno de tua calma. Uma intensa chama abranda meu peitoQuando lembro dos teus olhos tristes;Ouço tua doce voz sussurrando sem jeitoQue dentro de teu ser há uma força que resiste Ao medo das possibilidades do infinito,E que mesmo que não haja certeza,Há uma paixão ardente num coração aflitoQue entorpece os sentidos em fraqueza. Entre lágrimas que não caem me parto,A distância nos aproxima em tempestade,E ao fim do inverno já não tardo,Mas já não encontro a outra metade.

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Quando

E quando tuas lágrimas brotarem do espaço, desbotando tua maquiagem e sujando teu rosto… Quando outras mãos passearem pelo teu corpo, sem conexão, apenas para tentar preencher um vazio… Quando outra voz estiver ecoando pelo seu ouvido, sem intensidade nenhuma, apenas com mentiras… Quando, em outros braços, não sentires conforto, e nesse momento, lembrares vagamente de mim… Lembre-se que no momento que mais precisei, você virou as costas para alçar novos voos. Agora não há mais espaço para seus feitiços em minha ilusão. Espero que as imagens de nossos momentos permaneçam nas tuas lembranças, e que aprendas que nem todo homem é escravo de seus instintos. Se vieres a mim novamente, será tarde demais para reatar memórias, e para que outra vez o ‘você me entorpece’ se transforme em saudade.

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Cais da paixão

O romantismo que tenho me enluta, pois hei de ocultá-lo para que não se magoe. Existe de forma tão verdadeira, mas é ignorado pelos corações sedentos por palavras doces e mentirosas. Tento me encontrar em dias de ventanias, pois são neles que mais me perco, e tento te encontrar. Quando tento te encontrar, perco-me ainda mais nos pensamentos que nem sequer deveria ter. Mas por tê-los, embriago-me em teu vinho impuro, e o brilho das estrelas me guia em tua direção. Quando te acho, não estás ali. Nessa hora, percebo que nem sequer existes, só uma projeção da suave lira de teu rosto nos campos floridos do espaço.E quando, por fim, apareces novamente, já não estou mais ancorado no cais da paixão…

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