Os olhos são meu grande fascínio de poeta. Faço de tudo para entendê-los, admiro sua comunicação não-verbal e os encorajo a tentarem adivinhar o que os meus estão a dizer, mesmo que de modo tímido.
Gosto do olhar submisso, aquele quando a pessoa fica sem reação quando é flagrada no contato visual, e se entrega aos instintos, sem saber o que fazer naquele momento.
Gosto do modo em que acompanha o sorriso, e do modo em que brilha quando algo lhe agrada. Quem comete o pecado de não gostar dos olhos? Quem nunca se atentou à icônica frase “The eyes, chico, they never lie”?
Realmente, os olhos nunca mentem. No mel daqueles olhos ainda me lembro atentamente a palpitação de minha pele. Eram vampirescos, eram sublimes de modo natural. Em sua neotenia havia o mais alto encanto que eu poderia imaginar.
Olhos castanhos são obra de arte, e há quem os decifre nos anagramas da feitiçaria. São envolventes, aliam-se ao sol para que fiquem mais bonitos ainda.
Minha maior fragilidade é uma mulher feminina dos olhos castanhos, independente se for morena, loira, ruiva, dentre outros atributos ardilosos não citados.