Grandes sentimentos que se resumem em pequenos versos: A melhor maneira de explicar essa imensurável fonte de alegrias e tristezas; essa vasta natureza quase extinta em mãos vazias; essa infinita maneira de enxergar, ver e olhar o mundo de maneira árdua e eficaz para que a percepção da mente possa sorrir em dias difíceis.

Há quem diga que é insignificante expor o que sente, há quem diga o contrário… Um novo universo que se instala no coração, um oceano de cultura e emoções para quem quer viver intensamente sem medo algum de ser feliz. Brotam-se lentamente como árvores na vasta floresta que se encontra perdida em algum lugar distante de nosso outro ser.

Esta obra de minha autoria aborda uma das coisas mais importantes que se pode ter: O Amor (também: crítica, filosofia, etc). Acredito que não seja um simples sentimento, mas sim, uma vida que deve estar presente em qualquer ser humano.

Compõem também reflexões sobre o viver, grandes elementos que compõem o modo psíquico, físico e espiritual (algumas vezes).

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Capítulos

Resumo de um amor

Tinha uma amiga,Mas por ela o coraçãoBatia forte feito um comboio de cordasQue desenfreava a mente, a paixão. Lembro-me do que queria:Viajar para o descansoE levá-la na boemiaE no exterior, cair em “prantos”. Iríamos à Paris velejarE viajar no alémE ela alegrou-se tantoNa felicidade que a luz provém. Surgiram-me ideias com a ventaniaE me fizeram pensar no que fazer:Passaríamos um mês na melodiaMas mil anos sem esquecer. No aeroporto chegávamosCom ansiedade desatinada na mente,Mas será que em um mêsConsigo traçar um futuro presente? Passaram-se alguns instantesVendo a beleza que no peito lança;Aquele perfume exaladoFaz-me encher de esperança. Avistando a bela cidadePeguei em suas mãos maciasE dos seus lábios a maldadeE a paisagem que refletia. Um suspiro de leveE jogamo-nos do avião,Ao avistar a beleza de pertoEnchemo-nos de emoção. Porém, eu teria um problema:Esse grande amor já tinha alguémE não vale à pena fantasiar emblemasDos mistérios de um sentimento. O dia

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Pôr da tarde

Com a correria da manhãA tarde se isola na praia,Em gritos desmaiaPara repousar amanhã. Nesta tarde pondo ao fimO tempo liberta paradoxosDe nuvens abraçadas a fimO céu nos restos e destroços. A maciez toca na frágil peleCom tons de simples vendavais,Com emoção de forças entreguesAo balanço do mar em carnavais. Aliás, pessoas navegam no ar,Como se o abismo fosse amigo,Mas, prefiro apenas voar,E no andar, procurar abrigo. Rajadas perfuram o conscienteE o inconsciente se vê perdido,Achando o fim, no oriente,Passando em raios despercebidos. Ouço no meio do horizonteO sol escurecendo a vidaPara que ela desaponteA mente escura e sem saída. Itacoatiara-AM, 14 de janeiro de 2018.

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Percepção

As nuvens esbranquiçadasQue estão correndo na mesma direção;Que estão ungindo sua gratidãoAo azul do seu céu da dor calada. Raios precários de inspiração;Raios singelos brotam harmoniaE os mesmos, destoam alegria,Exagero, amor e perdão no coração. Pássaros navegam alegrementeE eu aqui, preso em mim mesmo;E eu aqui, olhando em desespero. Pássaros flutuam minha menteE eu ali, escravo e insatisfeito,E eu ali, navegando nos segredos.

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Praça

Dentre bancos e calçadasEstão os blocos sorridentes,Procurando forças atraentesPara fluir canções inalteradas. Suas plantações tão alinhadasContêm a inspiração decadente,Oxigênio e fluído influentePara emoções dilaceradas. Quem me dera flutuarDentre linhas do sorrisoE refletir sobre tudo. Mas prefiro observarSua beleza sem importânciaE nos seus olhos, ter aliança. Itacoatiara-AM, 16 de janeiro de 2018.

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Protesto

A ferida transparenteEstá visível no luarDa hipocrisia prepotenteQue domina num lugar. O desespero e afliçãoEstão no fundo do marDos raios de antemãoE das cinzas do olhar. A mentira sobreviveNo enterro da verdadeE no holocausto que viveÀ custa da sociedade. Ditadura às escurasCom desordem similarE impiedade às curasDe uma ordem militar. Quando a voz tiver forçaE a cultura for culta,O honesto, patriota,Nada mais terá fuga. Dois lados ardilososCaminham à esquerdaE na falsa direita, os destroçosDo universo que festeja. Costumes mesquinhosCompletos de contradiçãoCom pássaros sem ninhosE águas sem divisão. Quando houver inteligênciaDe voar com próprias asasHaverá a feroz independênciaSem abrangências furtadas.

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Psicografia

Estive por anos parado no tempoPor simplesmente a saúde inexistirE vi-me assolado em decadência,Sentindo por dentro algo exaurir. Por muitas vezes faltou-me coragemDe entregar-me ao abismo,Mas a força tomou contaE tudo de repente tornou-se infinito. Passou-me a vida aos olhosE do pensamento a razão se foi.A neblina passou feito um vendavalE os batimentos cessaram e algo mudou. De repente, senti-me em pazPela primeira vez em tantos anos.Senti lágrimas, lamentos, tormentos,Ora vi-me ali ora noutro plano. Passou-me o erro onde era o coraçãoE agora tudo faz sentido, até as dúvidas.Por que fiquei assim? Por quê?É doença, destino incorreto ou ignorância mútua? Minhas palavras foram estarrecedorasE muitas delas, eu paguei com esse destino.Nunca diga nada sem saber, sem compreender,Ou julgue perante aquele ser mais divino. Na falta de vida veio-me a sabedoriaE a informação que nunca tive.Portanto, de nada adiantaram as imagens,E espantado, agora olho de modo sublime. Passaram-me vistas boas e

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Quem me dera

Quem me dera ser Vinícius,E fazer morada em seu coração.Quem me dera ser Jobim,E te dar o tom de cada manhã. Quem me dera ser CamõesPra esquentar nosso amor.Quem me dera ser ManuelE fazer-te minha estrela da manhã. E se eu fosse como Neruda,E te quisesse como o calor do frio?E se eu fosse Cazuza, e exageradamente,Roubasse todo o seu lindo sorrir? Seria como Fernando ou até mais,Seria a pessoa que no abismo, acharia uma paixão.E em vez de corpo e alma, seria como Drummond,E te faria o ofício da minha emoção. Quem me dera ser GonçalvesE um dia, desfrutar sua formosa terra.E de repente, como Shakespeare,E de amiga, fazer-te minha flor mais bela. Ou então como Djavan,E em seu oceano desaguar fervor.E talvez se fosse um militar,Prender-te-ias em minha canção. (Ou melhor, um político,E te roubar de vez ao meu coração.)Embora esteja longe de ser alguém,Conformo-me em respirar poesia.

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Um dia, todos os dias

Quero ter a quem dar flores;A quem falar coisas bonitasPara delirar com minhas palavrasNum mundo de cores. Quero ter a quem dar chocolates,Com quem acordar com um lindo sorrisoE dizer que para sempre até a eternidadeEu hei de amar de modo conciso. Quero alguém para as aventuras,Para aventurar-nos nas ondasDo mar agitado do mundo,Para ter um delirar exacerbado. O sonho de achar alguémDesanima-nos algumas vezes,Mas ao pensar no futuro,Nossas almas se transbordam de sede. Só de pensar nas loucuras,Naquele marasmo dos meus laços,Acho que um dia só um diaHei de tirar todos os pecados. E quero finalmente olhar para trásE ver que todo o quererEnfim deu resultado,E que os planos irão acontecerUm dia, todos os dias…

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Solidão

O hábito de estar só, estando com alguém;O hábito de não ser amado como ama.De um sorriso forçado que provémDos prantos de quem clama. Às vezes solitário, há de se iludir,E há de se procurar a bela em grandes longitudes.E diante daquilo que mais se sonhaLisonjeá-la em grande plenitude. Nisso, introduz-se uma pétala ao seu rumo,E um gesto há de se despertarE sem jeito, cem maneiras novas de amar. Toques livres na flor hei de tocar;E aquele mel insípido hei de tirar, com amor,Morrer de agrado, espero não mais acordar.

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Soneto de fases

Quando cai a brisaNos compassos distantes,Nos acertos errantesE encontros à luz divisa. As estrelas se animamE sorriem sem motivoNo espaço inativoQue ativa nervos num imã. O controle perde a luaQuando enxerga as doresQue suplicam na solidão. Perde as fases, sozinha,Com a companhia transparenteE diversas cores sem vida. Itacoatiara-AM, 15 de janeiro de 2018.

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