Grandes sentimentos que se resumem em pequenos versos: A melhor maneira de explicar essa imensurável fonte de alegrias e tristezas; essa vasta natureza quase extinta em mãos vazias; essa infinita maneira de enxergar, ver e olhar o mundo de maneira árdua e eficaz para que a percepção da mente possa sorrir em dias difíceis.

Há quem diga que é insignificante expor o que sente, há quem diga o contrário… Um novo universo que se instala no coração, um oceano de cultura e emoções para quem quer viver intensamente sem medo algum de ser feliz. Brotam-se lentamente como árvores na vasta floresta que se encontra perdida em algum lugar distante de nosso outro ser.

Esta obra de minha autoria aborda uma das coisas mais importantes que se pode ter: O Amor (também: crítica, filosofia, etc). Acredito que não seja um simples sentimento, mas sim, uma vida que deve estar presente em qualquer ser humano.

Compõem também reflexões sobre o viver, grandes elementos que compõem o modo psíquico, físico e espiritual (algumas vezes).

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Capítulos

Deixe-me

Deixe-me no mar das estrelasE esqueça-me perdido no brilhoE faça-me ludibriar no encantoDe simplesmente achar seu trilho. Jogue-me na miséria do nadaE afague-me à noite no terrorE perfume meus passos tristesDe tanto correr contra o amor. Pendura teu suor nos meus olhosE escorra a beleza em meu corpoE deixe seus cabelos límpidos e grandiososTrafegarem na montanha do gosto. Deixe-me navegar em teu céuE encontrar o oxigênio perdidoMas sempre te deixando réuDe um póstumo sorriso infinito.

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Desconhecida

Lá vem ela assim do nada,Recrutando vários amores;Brotando emoções feito exagerosEm uma nova fonte de construtores. Lá vem ela na sensibilidade,Sensibilizando novos caminhos;Enaltecendo o paraísoLevando-os ao modo divino. Lá vem ela em novos dias,Colocando cores no que é triste,Escrevendo em rabiscosTudo o que de bom existe. Lá vem ela no infinito,Está alegre, com um sorriso esculpido.Assim abre novas dimensões,Em um mundo onde o amor está extinto. Lá vem ela do nada,Transparecendo o invisível;Flutuando em águas calmas no céuE sempre com a alegria visível. Lá vem ela unindo corações,Espantando o que no tenebroso há,E sempre fazendo o calorUnir amores em forma de versos. Lá vem ela sendo mal correspondida,Sempre com o exagero na mente.E ainda sempre há de se agradecerÀ pureza da alma que está contente. Lá vem ela nos acordes,Fragilizando cada forma de história;Com sensações calmas e melódicas,E contra o pranto da lembrança retórica. Lá vem ela sofrendo,Pois está quase

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Despertar

O mar chora na maré,O rio deságua sua tristeza,O oceano esconde o seu quererE se enfurece com tanta beleza. Com tanta emoção, tudo se une,E de amor, todos sofrem…Embora uns sofram amando,Outros sofrem por respirar a seca. Calmaria no tormentoHá de ter um desafeto,Sendo incrédulo ao coraçãoOu um doce amor que está inquieto. Amor, amar, morar no mar,E amar o amor, talvez desamar.Mas há que perdoar o indolorQue há pra sempre de se despertar

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Destino da nação

Eu vi o cataclismoInundar uma culturaCom sorrisos na sepulturaE desastres no clima. Eu vejo a degradaçãoDa linguagem poéticaNa estrutura dialéticaDa ideologia em plantação. Prisão social na escuridão,Desinformação em grau elevadoNo ventre da triste nação. Eu vejo a mudança amanhãBatendo na porta patriotaE gritando: Fora mecanismo! Itacoatiara-AM, 23 de janeiro de 2018.

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Detalhada mente

Naquele longo dia de verãoNossos caminhos se cruzaramE com aquele sorriso lindoMeus batimentos cessaram. Um segundo passou em forma de um anoPorque você passava em minha frenteE era um deserto que desfruto no danoCom gestos ilícitos, mais que indecentes. Naqueles passos coloridosMeus olhos viraram um jardimMas falta uma rosa,Meu perfume, meu fim. Preciso me declarar para o paraísoE dizer que sem sua atenção a morte chegará,Mas preciso chegar e falar o que sintoMesmo que me desvie um segundo do planeta. Um milhão de pensamentos chegaram,Prendi-me no medo de não ser correspondidoE do nada criei coragem, fui correndo,Quando me deparei com ela, o mundo ficou colorido. Lembro-me dos detalhes;Detalhes dos seus lábiosQue se mexiam lentamenteComo furacão num povoado. Senti-me nas nuvensPor simplesmente ouvir aquela vozE aquele sorriso sem graçaFez-me desabar no caminho mais feroz. Um grande exagero circulou no arE apertou nossos corações.No pôr do sol, um encanto,E nos apaixonamos nas

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Diálogo às nuvens

Querida brisa do amanhecer,Reluza o suor dos versosE dê um tom de florescerÀ natureza de meu universo. Faça-me refletir sobre a perfeição,À volta que persegue o diaE faça-me decifrar o perdãoDa mais enigmática poesia. Faça-me ver o que não se vêOu aquilo que se nega à verdadePara que ninguém possa perderO dom da fraca sinceridade. Que a saliva dos frágeis olhosCaia sobre o terreno sombrio,Que a poeira de gestos falhosReconstrua-se em novos ciclos. Que no soar do calor solarO fogo reaja ao frio rancorosoE que num dia estrelarO ser humano seja amoroso. Itacoatiara-AM, 11 de janeiro de 2018.

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Domínio

Na correnteza dissonanteA direção acompanha o exageroDas confusões em acordes distantesNo soar de melodias em desespero. Nas tuas mãos, a maciez.Na tua voz, o veludo.No universo em sensatezEm tom veloz e mudo. Tu és a forma perfeitaPara a unção das maravilhas;Muito mais que esbelta colheitaE a junção de duas ilhas. Tu és o motivo dos motivosPara um sorriso apaixonado;És a ordem do intrínsecoCamuflada além dos laços. És tu o verdadeiro amorE decisão para poesia.És o grau elevado de fervorQue dissipa a frágil companhia. Em versos tão pequenosHei de confrontar o fascínioE delirar o carnal e ferrenhoEspaço entregue ao domínio. Itacoatiara-AM, 05 de fevereiro de 2018

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Enquanto há esperança

Por mais difícil que seja,Não diga que não irás conseguirOu que é impossível mudar tudoO que há de errado aqui. Lembro-me do céu em desesperoGritando ao nada, ao tudo.Esperando abraços em tempos,Há tempos o som mudoSe entristece na tristezaVelada abaixo de um escudo. Está escuro demais o dia,Parece que o manto da luaEspera a nova fantasiaTrajada de esperança e luta.Lembro do passado que nem viviE de como era o amanhecer: Era limpo e sinceroE tão bom de se viver.Cante nos olhos da naçãoE informe o que aconteceNão importando o que aconteça,O teu legado vem em preces. Lembro do futuroRefletindo os seus olhosE guiando a esperançaEm caminhos honrosos. É só você acordar e verQue amanhã pode serOu não, um destino de ossos. Itacoatiara-AM, 06 de fevereiro de 2018

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Entre

Entre o certo e o errado,Entre o feliz e o triste,Entre o real e o abstrato,Entre a ficção e o que existe. Entre erros e acertos,Entre amor e o ódio,Entre sonhos e desejos,Entre ordem e desordem. Entre o prazer e o desgosto,Entre o sonho e a ilusão,Entre a calma e o desconforto,Entre o sentimento e a emoção. Entre as músicas e as batidas,Entre os ritmos e os acordes,Entre as vindas e as idas,Entre a força e o recorde. Entre a escola e a inteligência,Entre desespero e aflição,Entre a falência e a desfalência,Entre a miséria e a compaixão. Entre a educação e a periferia,Entre os versos e as rimas,Entre as noites e os dias,Entre o que anima e desanima. Entre a morte e a vida,Entre o doce e o amargo,Entre brigas e intrigas,Entre o bastante e o escasso. Entre o tudo e o nada,Entre o norte e o sul,Entre o asfalto

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Escassez sentimental

A emoção é migalha do açoQue perfura as bases sentimentais,É uma gota de sentido escassoQue percorre os passos mortais. Não há conversa nem harmoniaNessa treva em meio à luzQue oscila, às vezes alegria,No obscuro triste que a induz. As névoas partem aos raiosQue soltam luzes de medoAos singelos partos de fiosPresentes na força dos enredos. No jejuar do pensamentoPérolas de amor se vãoNas correntezas do ventoE no fervor da estação. É como se as florestasPerdessem suas vidasE as flores, em festa,Comemorassem sua ida. É como se o arco-írisEstivesse esmagado ao chão,Implorando às suas coresUm pouco de atenção. O choro alivia a dorQue grita no coração,Com grades de fervorE cárcere de explosão. A rotina continua lentamenteCompletando o infinito cicloPara deixar mais lenta a menteE no final, poder sair sorrindo. Itacoatiara-AM, 06 de janeiro de 2018.

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