No espelho transparente
Vemos o nada que tivera
E sempre se entregando à enchente
De uma paixão que desespera.
Visitando os prantos
Acha-se um desastre
E de repente um estrondo
Da solidão que nos invade.
Melancólica quimera
Que assombra a natureza
De modo lúcido na atmosfera
Que traduz falácias da riqueza.
Sempre em vista às escritas
Que explicam os pecados
E os cálices das medidas
Que faz-me ter em cada estado.