Não mais reclame com a mudança
E com o caráter malformado
E com as impurezas profanas
Das purezas de um mal-amado.
Mude o que tiver de mudar
E semeie o que plantaste
Mas nunca deixe de prestar
Aquilo que comprometa a lealdade.
A alma clama por uma vida
Mas bem sincera e com bons frutos
E sem falta de lógica, mas de um pensar,
Iniciando as ondas de um novo rumo.
Seja a diferença, não importa em quê,
Tampouco há de ter por que nem nada.
Seja diferente e não se misture com essa gente
Tão repugnante e envenenada, dilacerada.
Procure um lugar seguro, talvez um abismo;
Procure nas profundezas do que não existe.
Assim, salvar˗te˗ás de falsos juros
Que mal sabem o que fazem, são maus juízes.
Repletos de medo, enganar-nos-emos,
Mas algo irá mudar e as nuvens escurecerão
E não mais brilhará o brilho nem mudará
Pois refletirá um destino, onde almas secarão.
Em contraste com versos bobos de amor, também passei a escrever coisas mais reflexivas, e até mesmo
críticas aos olhos mais atentos.
Em ‘Seja Diferente’ não foi diferente (outro trocadilho). Nesse poema, resolvi desabafar um pouco o
sentimento que eu tinha acerca da superficialidade das pessoas que não possuem identidade própria.