Faz-se necessário agora
Injetar ânimos graciosos
Ausentes no suor à flora
Dos cálices ludibriosos.
Há-se um sorriso triste
Que encanta passos lentos
Dos olores, fracos limites,
Fortes dores, hábeis tormentos.
A confusão entorpece
A folia da boa amizade
Fazendo-a cair em prece
Ou atrair dóceis tempestades.
O fruto deslumbra o vazio
E o vazio preenche a saudade
Da tarde, carinho gentio,
Que invoca a suma calamidade.
A tarde cai em consciência
E devolve a forte esperança,
Mas logo chega a carência
E envolve a amarga lembrança.