Nadei contra a correnteza
Afoguei-me num rio de lágrimas;
Sublime sem a raiz,
Matando-me com palavras.

A raiz é uma árvore,
Que há de nascer…
Ao crescer um sentimento,
Árvore será até desfalecer.

Procurei no deserto,
As partículas de areia
Que sumiram no tormento
De um compadecer da solidão.

Um rio sem água
Quando falta chuva;
Um sol sem brilho
Sem o colírio da claridão.

Nos passos mal traçados,
Retas hei de fazer
Com as réguas da minha vida
Que regozijo ao tecer

 
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