Estive em um lugar desconhecido
E o caminho era tão curto,
Mas era difícil de ser trafegado
Pois o destino era um “absurdo”.
Nesse lugar realmente havia amor
E era sincero, mais que uma criança.
De lá, não queria nem sair, nem mudar,
Porque havia o que não temer, mas sim, esperança.
Este espaço era tudo o que sempre sonhei
E lá, não havia segredo, nem nada tenebroso,
Mas sim, muitos sorrisos, boas canções,
E paz para todo tipo de dores.
Tudo é tão perfeito, destruição não há;
E nem violência, nem corrupção…
Lá, consegui algo tão esplendor
Que assolara a dor encontrada na emoção.
Consegui ser reconhecido pelo que sou
E não pelo o que tenho ou aparência;
Consegui saciar a fome dos sonhos
Que decaem ao caminho da independência.
Não dependia mais dos senhores
Pois lá, eu tinha liberdade…
E não, uma ilusão dela.
Finalmente tive dignidade.
As pessoas se alimentam do saber
E eu, principalmente da doce poesia.
Assim, poderia construir um império,
E finalmente, poder sorrir com alegria.
Parece um sonho tão ideal
Mas é um retrato do meu legado
Porque farei tudo repentinamente
Mesmo que de repente seja apagado.
Cada dia difícil que há de se aturar,
Não mais é do que a maturidade
E a espera de um dia realizar-se
Aquela sede de inacabável prosperidade.
Não espere por eles, nem acredite,
Se quiseres viver noutro “mundo”
E talvez seja até melhor que esse,
Mas não desista, lute e não seja outro imundo.