As águas caem feito aço
Nas dores dos sentimentos,
Na tristeza do cata-vento
E na gota do frio escasso.
Com elas ficam a força
Do calor desnorteado,
Do soar antiatraiçoado
E do sentir sumido que esboça.
As águas saem da rotina
Para andarem em novos montes
E cantar com voz sombria.
As sombras dela na beira
Tocam notas saborosas
Como leves cachoeiras.