Procuro em todo lugar
A presença das estrelas
Que estão perdidas no nada,
Afluente do retraimento.

Criou-se a raiz das árvores
Com a brisa das sementes.
Plantadas no sentimento,
Raiar das confusões.

Sei que é impossível
Que o possível se realize,
Sou um prófugo do seu olhar
E de um amor que não existe.

Não existe o certo
E muito menos o errado,
Inexistentes nas vontades
Que se há um querer insaciável.

Continuarei com as juras
No segredo do que é dito
E disfarçando-me de mim mesmo,
Fazendo em ti, um novo infinito.

Tu respirarás meu perfume
Desabrigado no peito
E enxugarás as lágrimas
Encontradas no leito.

 
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