Na correnteza dissonante
A direção acompanha o exagero
Das confusões em acordes distantes
No soar de melodias em desespero.
Nas tuas mãos, a maciez.
Na tua voz, o veludo.
No universo em sensatez
Em tom veloz e mudo.
Tu és a forma perfeita
Para a unção das maravilhas;
Muito mais que esbelta colheita
E a junção de duas ilhas.
Tu és o motivo dos motivos
Para um sorriso apaixonado;
És a ordem do intrínseco
Camuflada além dos laços.
És tu o verdadeiro amor
E decisão para poesia.
És o grau elevado de fervor
Que dissipa a frágil companhia.
Em versos tão pequenos
Hei de confrontar o fascínio
E delirar o carnal e ferrenho
Espaço entregue ao domínio.
Itacoatiara-AM, 05 de fevereiro de 2018