Querida brisa do amanhecer,
Reluza o suor dos versos
E dê um tom de florescer
À natureza de meu universo.
Faça-me refletir sobre a perfeição,
À volta que persegue o dia
E faça-me decifrar o perdão
Da mais enigmática poesia.
Faça-me ver o que não se vê
Ou aquilo que se nega à verdade
Para que ninguém possa perder
O dom da fraca sinceridade.
Que a saliva dos frágeis olhos
Caia sobre o terreno sombrio,
Que a poeira de gestos falhos
Reconstrua-se em novos ciclos.
Que no soar do calor solar
O fogo reaja ao frio rancoroso
E que num dia estrelar
O ser humano seja amoroso.
Itacoatiara-AM, 11 de janeiro de 2018.