Falei em beleza
E veio-me a sua,
Com sorrisos à noite
Na verdade nua e crua.
No mar profundo andei
E avistei a sua imagem,
De longe ali fiquei
Tão perto e longe da miragem.
Lutei com tubarões
E ganhei seu coração.
Navegando nas correntezas
Perdi-me na ilusão.
Enfrentei feras marinhas
Pra te fazer uma poesia
E logo, logo, noutra vida
Poder compor sua melodia.
Achei meu próprio corpo
Que estava perdido no teu
E sempre respirando no sufoco
Para alcançar o belo apogeu.
Quero-te como um louco
Que passa o mel na sua ferida
Mas sempre no esboço
Daquele céu de uma conquista.
Formidável sentimento
Que hei de colorir
Mas nem tanto distante
Mas sim com o teu rir.
Serei escravo da clausura
E prisioneiro da beleza,
Mas te conquistarei com mente astuta
E com a mais doce pureza.