A vida, viva!

Ah! Sonhos e desmanches
Faça-me refletir o fim,
Porque o difícil está adiante,
Adiante, em tudo, e em mim.

Tantas dúvidas camufladas,
Tantos sentimentos escondidos;
Estou tão perto da enseada
E, portanto, encontro-me perdido.

No começo é tão simples,
Sem dor, perda ou decepção,
Mas a natureza reverte tudo
E só resta a velha desilusão.

A vida é rota com setas infinitas,
A escolha é dada hoje
Para a colheita em outro dia
E tristeza à meia noite.

Lembranças vêm e vão
Entre conflitos na memória.
Lágrimas saem em vão
Para mudar a história.

A saudade chega e revolta
Os vestígios de alegria,
A maré muda a rota
E constrói a poesia.

Resta apenas o pensamento
Que se pode destruir,
Porque o desgosto e tormento
Lutam pelo farto exaurir.

Tudo é pedra preciosa
Que nos traz testes,
Mas a vida grandiosa
Está depois do inerte.

Nunca desanime à toa,
Problemas são degraus
Para a vida que entoa
Fases em vários graus.

Viva a um propósito
Dado pelo criador
E serás erudito
Para livrar a dor.

Itacoatiara-AM, 16 de janeiro de 2018.

 
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