Apresentação
Algo me chama atenção: o modo em que as coisas insistem em ser sem querer. Pode ser em algo simples, mas às vezes acontece precocemente, ou devagar demais; o que comanda tudo é a força em que o tempo delimitasse com a natureza e com o ser humano. É inimaginável o porquê de tudo parecer ser assim, porém, nada é por acaso, e foi pensando nisso que comecei a escrever estes pequenos, melancólicos, reflexivos e esplendorosos modos de se comunicar com o eu lírico. Parece-me que estamos ligados ao espírito, mas a alma vaga no abismo da imaginação e sabendo usar isso a favor, conseguimos exprimir por meio da escrita, a calmaria que falta nos dias sem amor, sem piedade e sem o Criador, que temos hoje. Quando viajava na melodia romântica de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, na imaginação de Mário Quintana, entre tantos outros, parecia-me impossível ao